Eu SEI mais do que DIGO, Eu PENSO mais do que FALO, Eu ENTENDO mais do que você imagina...Essa frase representa a Apraxia de Fala na Infância (AFI).
O que é isso?
É um diagnóstico ainda pouco conhecido no Brasil, e que já foi confirmado na nova CID11. Classificado como um distúrbio motor da fala que afeta a habilidade da criança em produzir e sequenciar os sons da fala. A criança sabe o que quer comunicar, mas seu cérebro falha ao planejar e programar tudo o que é necessário para o ato da fala.
Uma criança com grande dificuldade de fala ao ser avaliada pelo neuropediatra, as seguintes hipóteses diagnósticas serão analisadas:
• Atraso ambiental/falta de estímulos; • Atraso no desenvolvimento deuropsicomotor; (neuropsicomotor) • Transtorno do espectro autista (TEA); • Deficiência intelectual; • Transtorno expressivo da linguagem; • Transtorno do desenvolvimento da linguagem; • Transtorno da articulação da fala.
Além dessas, também é necessário lembrar da AFI, e as alterações da fala que farão o neuropediatra suspeitar desse diagnóstico, tais como:
• Pobre repertório de fala; • Se a criança compreende mais do que fala; • Se a fala é inconsistente e sem constância; • Se a criança realiza esforço para falar; • Se a criança apresenta dificuldade na pronúncia das vogais; • Se possui alteração da prosódia (ritmo e entonação diferentes, fala sem fluidez); • Se forem estimuladas em equipes multidisciplinares, melhoram em todas as áreas do desenvolvimento, exceto na fala.
É importante ressaltar que a AFI pode estar associada a outros diagnósticos como TEA e Epilepsia. 63% das crianças com diagnóstico inicial de TEA também apresentam AFI, e 23,3% das crianças com AFI, tem TEA. Por isso, uma boa avaliação neuropediátrica e fonoaudiológica especializada é importante para definir o cuidado e o tratamento. Dr. Nilton César Neuropediatra CRM/SP 141966 RQE 51484-1
Fonte: Pós V Conferência Nacional Abrapraxia – 08/09/2019. Conferencistas: Dra Elisabete Giusti, Dr. Tyler Pierson; Dr. Erasmo Casella, entre outros.
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