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Meu filho não dorme


Clotilde e Roberval estão felizes porque já possuem os dois filhos que tanto sonharam e planejaram, porém, já há muito tempo não sabem o que é dormir com qualidade. Cada criança tem seu próprio quarto, a de 6 anos se recusa a ir para a cama no horário combinado, é uma luta, e a outra de quase 2 anos, só inicia o sono se a mãe estiver deitada ao lado e “chupetando” o seio materno. Se acordarem na madrugada, solicitam novamente a presença dos pais, estes por sua vez sempre foram muito preocupados e ao menor sinal de choro ou despertar noturno sempre saiam em socorro dos pequenos, levavam-nos ao colo, deitavam juntos e ou ofereciam alimento para tranquiliza-los. Ambos estão com as consultas de rotina em dia, nunca fora detectado qualquer doença.


A 3a edição do Manual Internacional de Classificação das Doenças do Sono define que a Insônia Comportamental da infância é a principal forma de insônia na criança e dividem-se nos tipos: Associação (o sono só inicia ou se mantém na vigência de determinadas situações, exemplo: a criança só dorme se estiver no seio materno e/ou a mãe dormindo junto); Falta de Limites (a criança se recusa a ir para a cama no horário estabelecido pelo pai, mãe e/ou outro cuidador); e o tipo Misto (combinação das duas anteriores). Para ser caracterizado como insônia crônica, a condição deve estar presente há pelo menos 3 meses e 3 vezes por semana. Embora muito frequente, a insônia comportamental da infância é um diagnóstico de exclusão.


Lembre-se, antes de afirmar que a criança não dorme por associação inadequada ou por dificuldades em impor limites, deve-se procurar um médico habilitado, investigar e descartar outras causas e criarem juntos um plano para a melhor abordagem. Na próxima semana postarei algumas dicas sobre como melhorar o sono da criança. Até breve.


O que é valor para você? Que valor você tem ensinado?


Dr Nilton César

Neuropediatra CRM/SP 141966 RQE 51484-1


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